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FACENE/FAMENE programam palestras sobre Bullyng no Dia do Estudante

As Faculdades de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança (FACENE/FAMENE) promovem na próxima quinta-feira, 11, duas palestras sobre as consequências do assédio moral e físico sofrido por crianças e adolescentes dentro de escolas públicas e privadas, o Bullyng.

A atividade, que integra a programação em comemoração ao Dia do Estudante será realizada no auditório Kátia e João Silveira, e contará com palestras proferidas pela Procuradora da Infância e Juventude, Drª. Soraya Escorel e pela psicóloga e Ms. Celeste Moura, respectivamente, às 10h30min e 20h.

As comemorações em homenagem aos estudantes também terá apresentações de Karaokê, no Centro de Vivência das Instituições, em dois momentos distintos, às 11h30min e 13h. Para participação nesta atividade basta realizar sua inscrição gratuitamente no Nupea.

Bullying, o quê é?

As consequências do assédio moral e físico sofrido por crianças e adolescentes dentro de escolas públicas e privadas – também conhecido pelo termo inglês bullying – já extrapolam os limites da educação e avançam rapidamente sobre os setores de saúde, assistência social e segurança, mas o país ainda engatinha na formulação de políticas públicas de políticas públicas de combate ao problema.

O bullying já envolve cerca de 30% dos estudantes brasileiros, de acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense/IBGE 2009), e a falta de sintonia entre as áreas de saúde e educação para lidar com a questão é tida como preocupante. Em geral, governos têm pouca informação sobre o assunto, entre médicos e psicólogos há divergências se o bullying é um problema de saúde ou não, o padrão de diagnóstico e tratamento no sistema de saúde não é claro e especialistas avaliam que educadores e funcionários de escolas precisam de melhor formação para identificar e restringir a
prática.

Embora acreditem que os principais espaços para trabalhar a prevenção e a redução do bullying sejam a escola e a família, especialistas consideram grave o distanciamento da área de saúde do problema, uma vez que os males decorrentes dos assédios se manifestam em forma de patologias físicas e mentais. É comum estudantes que sofrem abusos reclamarem de mal-estar ou febre, principalmente na hora de ir para a escola, e também há casos de depressão e surtos de agressividade.

Os pais não levam a criança no médico porque ela está sendo alvo de bullying, mas problemas decorrentes do ato acabam demandando serviços de saúde e cabe ao profissional do setor conhecê-lo para fazer o diagnóstico. O ideal seria orientar os pais e até entrar em contato com a escola, explica o médico-pediatra Aramis Lopes, especialista em bullying e dirigente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Infelizmente, esse profissional de saúde, na rede pública e privada, não tem consciência para o caso. O bullying não passa na cabeça, principalmente do pediatra, diz.

Uma incompreensão generalizada sobre a responsabilidade pelo combate aos problemas derivados do bullying entre educação e saúde e entre as três esferas de governo também prejudica a consolidação de políticas públicas. A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que tratar casos de bullying é atribuição do serviço municipal de saúde, onde estão estruturados os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Em Brasília, cujo índice de assédio escolar é o mais alto do país (35,6%), segundo a pesquisa do IBGE, a área de saúde disse que o bullying está relacionado à educação, pois são atitudes que referem-se mais a situações comportamentais do que a distúrbios relacionados à saúde.

A psicoterapeuta Maria Tereza Maldonado, autora do livro Bullying e cyberbullying: o que fazemos com o que fazem conosco, observa que muitas leis estaduais e municipais estão em processo de elaboração, mas se concentram apenas no âmbito da educação. Parceria educação-saúde praticamente não há.

Fonte: Portal da Saúde